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Sem confiança no vice-prefeito Zé Vieira é afastado do cargo pelo presidente da Câmara
Publicada em 05/01/2018 às 19:12:23
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José Vieira Lins, prefeito de Bacabal por força de liminar da lavra do ministro Gilmar Mendes, do TSE, foi afastado do cargo nesta sexta-feira(5) por ato do presidente da Câmara de Vereadores.

Esta é a segunda vez que José Vieira é afastado por ato do presidente do Poder Legislativo de Bacabal. A primeira foi no dia 27 de outubro de 2017 (releia).

No Ato assinado hoje, o presidente da Câmara encontra fundamento na decisão do desembargador Lourival Serejo que reconheceu ser competência do desembargador José Ribamar Castro a relatoria de um processo de Açao Rescisória. Nesse processo a defesa de José Vieira busca suspender os efeitos da ação de improbidade administrativa cuja condenação o deixou com os direitos políticos suspensos.

A decisão do desembargador Lourival Serejo não favorece José Vieira, já que Ribamar Castro manteve o entendimento de que o pecuarista realmente está com os direitos suspensos pelo STJ e dessa forma não reúne condição básica para exercer o mandato (releia).

O clima azedou entre Zé Vieira e o Vice-prefeito

O transcorrer dessa novela que se desenrola na política bacabalense e nas hostes dos tribunais produziu uma grave crise no grupo de José Vieira que resultou no estremecimento entre ele e o deputado estadual Carlinhos Florêncio, pai do vice-prefeito Florêncio Neto.

A saída de José Vieira abre espaço para Florêncio Neto assumir o cargo de prefeito. Foi isso que aconteceu em no dia 30 de outubro de 2017. Três dias depois de José Vieira ser tirado do cargo por ato do Presidente da Câmara, Florêncio Neto assumiu a prefeitura.

Com discurso e prática diametralmente opostos, Florêncio Neto desgostou tanto a José Vieira como ao Triunvirato que administra a cidade, formado por Patrícia Vieira, Jaime Rocha e Ramon Braga (releia). Ao assumir, o discurso do jovem Florêncio foi o de que seguiria à risca as orientações que são definidas na mansão de José Vieira. A prática no entanto, foi a de isolar incialmente Jaime Rocha. Mudanças começaram a ser feitas nos bastidores, inclusive com a tentativa de enfraquecimento de Jaime Rocha que resultaram na exoneração do secretário de Educação Carlos Gusmão (releia).

Jaime Reagiu a tempo e tirou das mãos de Carlinhos Florêncio a responsabilidade pela articulação dos processos com a equipe de advogados. Ameaçado, o Triunvirato entendeu que Florêncio estaria fazendo ‘”corpo mole’ para que o filho se mantivesse no cargo.

Florêncio Neto não provocou uma nova posse

Carlinhos Florêncio e o vice-prefeito Florêncio Neto não agiram de forma explícita para mudar o sistema montado porque estão preocupados com a campanha eleitoral de Carlinhos Florêncio. Deputado Estadual, ele quer ser novamente eleito para o cargo. Sem apoios, com grande rejeição popular, precisa das bênçãos de José Vieira. A isso é atribuído silêncio dos Florêncio. A decisão do vice-presidente do Tribunal de Justiça foi tomada no dia 18 de dezembro. Até hoje, os Florêncio não esboçaram nenhum gesto, na tentativa de reaproximação, numa demonstração de lealdade.

O grupo de Roberto Costa idem. Talvez esperando uma tomada de posição dos Florêncio e de certo apostando num rompimento definitivo desses com José Vieira.

E agora José?

Edivan Brandão, presidente da Câmara, é aliado de Roberto Costa. Com a assinatura do ato legislativo de hoje, prepara o caminho para uma nova posse de Florêncio Neto.

Podemos elencar duas grande dúvidas em todo esse processo. A primeira é se Florêncio Neto vai mesmo tomar posse, se vai aceitar ser novamente empossado como prefeito pelo presidente da Câmara.

Caso tome posse, passa-se a questionar como Florêncio deve se comportar após sentar novamente na cadeira de prefeito. Duas são as condutas possíveis: 1 – Adota uma postura firme e imprime uma marca forte o que resultaria em rompimento explícito com José Vieira; 2 – Continua submisso às ordens do prefeito afastado e tenta com isso granjear apoio de José Vieira para a candidatura do seu pai, o deputado Carlinhos Florêncio.

Para José Vieira e o Triunvirato, resta a dúvida e dias de apreensão.
 

 

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