Os católicos acreditam que um milagre tenha se realizado no sábado, 21 de março deste ano.Após falar espontaneamente aos sacerdotes, religiosos e seminaristas da Arquidiocese de Nápoles, o Pontífice recebeu o relicário com a relíquia do sangue de São Januário que, surpreendente e extraordinariamente, liquefez-se na metade da porção sanguínea que se mantém coagulada.
Este milagre acontece somente 3 vezes durante o ano, mas em dias determinados: 1º sábado de maio, 19 de setembro (dia litúrgico do Santo) e durante uma semana em dezembro. O sangue foi recolhido por fiéis após o martírio do Santo e, há 1700 anos, o povo de Nápoles e curiosos aguardam a liquefação nesses dias, que a experiência provou como marcados para o milagre.
O fato já foi objeto de estudo científico, ao passo que muitos acusavam de que o sangue, na verdade, era mercúrio. As acusações foram comprovadas falsas e sempre o milagre contínuo atrai a atenção de milhares de pessoas, que ligam a liquefação ao bom estado da cidade.
É a segunda vez que o milagre acontece nas mãos de um Papa: antes, em 1848, o Beato Pio IX fugiu de Roma por perseguições de seus inimigos e se refugiou em Nápoles. Lá, quis ir à catedral e, então, ocorreu este milagre da liquefação. Como agradecimento, o então Papa doou à Arquidiocese um cálice de ouro puro, que figura entre as 10 maravilhas do Tesouro de São Januário, o mais valioso e rico do mundo.
Ninguém esperava que isso aconteceria hoje: quando o Cardeal-Arcebispo Crescenzio Sepe deu-se conta, mostrou ao Papa Francisco, que se intimidou por ter acontecido em suas mãos. O Cardeal disse a todos que era um sinal que São Januário quer bem ao povo napolitano e ao Pontífice. Este, por sua vez, brincou que só a metade da coagulação sanguínea se liquefez em suas mãos: "Vemos que o Santo quis até a metade. Devemos todos nos convertermos para que ele queira mais".
Com informações do Corriere del Mezzogiorno.
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